quarta-feira, 9 de março de 2011

As últimas calúnias e como tudo começou

  Mais uma vez estou sendo difamada e caluniada. Uma amiga do um amigo/mano/colega de faculdade  é amiga de um amigo do Caco Barcellos, aquele jornalista que chefia a equipe do Profissão Repórter, aquele programa que mostrou um pai tentando chorar ao falar da filha que não via há mais de 3 anos, na primeira matéria da série, em 22 de junho de 2010. O mesmo programa que acompanhou esse pai na busca e apreensão da filha, na escola, no dia 10 de fevereiro de 2011, o último dia que vi Dora. O mesmo programa que mandou uma outra equipe me acompanhar ao Fórum João Mendes, centro de São Paulo, dia 21 último, e dois dias depois em Santos, para acompanhar o que seria a rotina de Dora.
  Essa amiga, sensibilizada com essa triste estória, pediu ao amigo que sondasse Caco Barcellos. A resposta é que fui procurada por 2 anos pela equipe de reportagem, sou viciada em drogas pesadas e só resolvi dar entrevista agora porque quero saber o endereço do pai! A única verdade nisso é que sim, quero saber o endereço do pai, nunca usei droga pesada, a repórter Gabriela Lian me mandou um email e respondi em menos de 24 horas! Mas o endereço do guardião quero saber sim, ele está sem paradeiro, para agir "dentro da Lei", entrar com qualquer ação, preciso desse endereço. E não será a Rede Globo a me fornecer essa informação e sim o Poder Judiciário. O guardião da Dora usou do mesmo subterfúgio em 2005, mudança de endereço seguida de busca e apreensão, para ganhar tempo e aproveitar das brechas da Justiça. A Dora? É o que menos importa, o importante é aniquilar a mãe dela. Pode parecer egocentrismo, mas vamos aos fatos:
   Tive uma depressão profunda em 2004, tendo pai psquiatra e mãe psicóloga, o pai de Dora, que já não morava comigo desde 2002, prontificou-se a me ajudar. A principal ajuda era me trazer a cada 15 dias o antidepressivo Lexapro, na época remédio de última geração, por isso difícil de encontrar. O pai dele, gentilmente enviava pelo filho, que ia visitar Dora a cada 15 dias, na minha casa em Boiçucanga, onde ele, inclusive, pernoitava! Num belo final de semana ele não veio, nem o remédio. Dez dias depois eu estava surtando, tomei vários ansiolíticos, passei por lavagem estomacal e fui internada em um Sanatório Psquiátrico, por tentativa de suícidio. Daí começa a comédia dos erros. No meu caso, a tragédio dos erros. Quando soube que seria internada pedi para chamarem Jonas Golfeto, o pai de Dora, para ficar com ela.
  Já na internação ele não permitia que eu falasse com Dora pelo telefone, nem atendia minhas ligações, e para minha mãe dizia que eu só veria Dora com polícia, psicólogo e assistente social! Ele já vislumbrava um tal de Visitário Público, que eu nem sabia que existia. Quando saí da internação fui direto para o apartamento dele, ver Dora. Mas não, ele a levou para a casa dos pais, em Ribeirão Preto e disse que eu só a veria após assinar um acordo. Nesse acordo ele ficaria com ela naquele ano, depois voltaria para mim. Sim, assim, tipo um joguinho... claro que não aceitei, saí chorando do café onde ele me arrastou junto do meu primo, Douglas Gonçalves. Até hoje acho que Dora poderia estar no apartamento, muito estranho ele não querer que eu subisse.
  Depois disso só me restou procurar um advogado e ir atrás da minha filha na casa dos avós. Imagina alguém que passou por uma internação forte, sair de lá louca pra ver a filha e dar de cara com um insensível que ainda sumiu com a filha. Bom, ainda enfrentei uma audiência em Ribeirão Preto, levei 3 testemunhas e o juiz mandou fazer busca e apreensão na casa dos avós.
  A oficial de Justiça leu o mandado e me disse: "Golfeto é um nome conhecido aqui". "Mas eu não moro aqui, não me diz nada". Era um sinal. A oficial apertou a campainha, o avô da Dora atendeu, disse que ela não estava e a oficial aceitou! Foi o tempo do avô entrar, ligar para quem estava com Dora ou avisar que eu estava lá. Nada de Dora. Eu, Douglas, meu amigo de infância Marcelo Santos (vulgo Mônico) e minha amiga de vidas passadas e futuras, Paula Gil, fomos para o apartamento do Fábio Diegues (ah, sim, esqueci de comentar que ficamos na casa do meu outro grande amigo e irmão Fábio, mas ele estava em São Paulo a trabalho, usamos tudo dele, até peguei um CD duplo da Maria Betânia - Maricotinha - que ele me deu de presente). Não fosse estar com essas 3 pessoas, passaria mais uma noite de lágrimas, mas quem tem um amigo tem tudo. E eu tenho muitos e muitos.
  Só consegui fazer a busca e apreensão em São Paulo, Dora estava na casa de um amigo do pai dela. Foi uma cena meio nababesca, com polícia, oficial... ele estava saindo de táxi com ela e pegamos na saída da garagem. O que mais me lembro é a alegria nos olhos brilhantes dela, que repetia "mamãe, mamãe, que saudade". "Eu vou com vc mamãe?".
  Esse foi o início dessa história sem fim. Mais pra frente conto o resto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário