sexta-feira, 25 de março de 2011

Simones

  Almocei com a minha amiga de sempre, Simone Raia, no Centro de Santos, uma hora é pouco pra tanto assunto! Falamos de trabalho, excesso e falta, de Paulo Henrique Ganso e Neymar, filhas, processo de guarda - claro, não existe minha vida sem isso, comida, futuro, passado. Voltei de ônibus, nada contra transporte coletivo, ainda mais nessa cidade que parece funcionar, mas acho que não consigo me adaptar, deveria ter seguido o instinto da caminhada.
  Primeiro fiquei num ponto esperando e quando a linha que me levaria ao meu destino veio, passou direto. Daí um rapazinho muito simpático explicou pra tia aqui que cada ponto é para determinada linha. "Nossa, que coisa mais complicada". Uns 10 minutos depois veio lá um número 153, lia-se Canal 1, oba, é nesse que eu vou. Percebi que era um caminho totalmente alternativo, tipo indo para São Vicente...mantive a calma, tinha tempo, precisava pensar e ver paisagem. Mas na zona noroeste de Santos a paisagem é um tanto quanto cinzenta. Prestei atenção nas pessoas. Sérias, cansadas, algumas atormentadas. Não, melhor olhar os carros. Trânsito caótico. Voltei para meus problemas, que estou mais acostumada. Uma hora depois ainda estava dando voltinhas de ônibus. A situação se agravou quando me vi parada num ponto final de um lugar que eu desconhecia, perguntei - de novo- para o motorista se eu chegaria, enfim, ao Canal 1. "Sim, 15h25 a gente sai". Eu já estava há uma hora e meia dentro daquele ônibus!
  Após essa provação de duas horas cheguei em casa e tinha uma mensagem do guardião da minha filha. Como sempre, me deixando mal, querendo me desestabilizar, entre outras disse que Dora não está sofrendo (o que eu acho ótimo) e que ela não pede para morar comigo, se pedisse seria o primeiro a trazê-la. Também aprovou a ideia (de pura ironia da minha parte) de que chamemos a Globo para gravar nosso encontro! Ai, ai, ai... é o preço que eu pago por não ser cega, surda e muda.
  Mais tarde, teclando no facebook com Simone Raia, aparece Simone Quintas, amiga de tantas - pólo aquático, faculdade de jornalismo, colega na Folha da Tarde - que nem lembro mais. Fazia, no mínimo, 7 anos que não nos encontrávamos e, como acontece com as pessoas que se gostam, parecia que foi ontem. Para surpresa dela o André Lins era na verdade Dri Mendes, com perfil fake. "Vi que era você, continua fanzaça do Pixies". Para minha surpresa ela já tem um casal de filhos! Enquanto eu dava uma tecla iniciar sobre a história da Dora (incrível, uma amiga jornalista que não sabia de nada), a Simone Raia ia descobrindo fatos. O primeiro eu já sabia: Gabriela Liam - a repórter do Profissão, que iniciou meu calvário - era amiga de Jonas Golfeto no facebook. Tem mais, ela também é de Ribeirão Preto. O pai dela também é psiquiatra. A mãe também é psicóloga! Nossa, almas gêmeas. Se são amigos seria ético ter feito a matéria? Será  por isso tão tendenciosa? Enquanto com a Raia fazia um trabalho investigativo, com a Quintas dava risada com frase começada por mim e terminada por ela, como nos bons tempos. Quintas disse que casou com um ótimo cara, o que me deu alegria e esperança, pois ela já penou com bad guy. Estava em pleno fechamento de revista e feliz, como sempre. A Raia ia descobrindo mais e mais informações contundentes. Mandando emails, fazendo ligações de fatos.
  Minhas amigas Simones, literal e virtualmente ao mesmo tempo, me fizeram tão bem hoje. Positivas, tem Sim no nome. Quem tem um amigo tem tudo, já diz o ditado. Tenho muitos. E tenho duas queridas amigas Simones.

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