segunda-feira, 23 de maio de 2011

Amigos do Lado do Bem

   Escrever esse blog é uma forma de não transformar em câncer toda a dor que eu sinto. Dor da saudade, dor da calúnia e difamação, que sofro há 7 anos, dor por ser punida pelo crime de amar demais minha filha Dora. Recebo críticas por carregar muito nas palavras, por escrever nome e sobrenome das partes envolvidas, que isso acarreta em mais desejo de vingança. Sinceramente, não vejo por onde ser mais vingada ou odiada. O que percebo é que escrever faz a verdade surgir cristalina. Tudo bem que colocar os tais nomes faz com que os mesmos sejam vistos em sites de busca, ninguém quer ver seu nome relacionado com injustiça e privação da liberdade de uma criança ou por correr atrás de falsos testemunhos ou aproveitar brechas da inJustiça para eternizar um processo. Mas eu também tive meu nome caçado. Pior, em email enviado a todos os meus contatos jornalísticos e amigos pessoais, o genitor de Dora, afirmou que temia que eu matasse Dora e me matasse. Tenho tudo guardado. Isso era uma mentira estapafúrdia, usada por falta de argumentos. O que escrevo é verdade pura, com provas. Verdade com amor.
  Ontem recebi mensagem de uma mãe que não me conhece, mas soube da minha história por um amigo que é totalmente a favor da versão da outra parte. No início essa mãe também era, sentiu pena do genitor, mas achou meu blog e leu tudo e achou minha história muito mais coerente. Sim, a verdade é sempre mais coerente, por mais bizarra que seja. Essa mãe, que não conheço, me incentivou a continuar, dando como exemplo sua própria conclusão. Se não fosse meu blog, continuaria acreditando na mentira. Trocamos vários emails ontem na minha madrugada insone e acredito que esse é o caminho a ser seguido.
   Com esse blog pude retomar contato com pessoas queridas, porém perdidas na correria dessa nossa vida século XXI. Como os irmãos Bonvenuto, meus primos, filhos da prima da minha mãe. São 6 irmãos, bonitos, inteligentes e de corações transparentes. Retomei contato primeiro com o Ricardo Bonvenuto e por ele soube do blog do maestro Fábio Bonvenuto, que toca um lindo projeto de música para surdos e cegos, em Guarulhos. Li as matérias sobre essa ação do Fábio e senti tanto orgulho por conhecer essas pessoas.
  Quando postei sobre meu querido Zé Ricardo, que partiu tão precocemente, também recebi mensagens de tantos amigos, como Alexandre Oliveira (Tatoo) e Ary Fonseca Jr, que não tinha contato há tempos. E mais recentemente, recebi uma linda mensagem de Marcos Mendes, meu querido Marquinhos, que mora lá no Japão, que não vejo há 20 anos (mas que tenho notícias por sua irmã, Márcia Mendes, minha amiga e dentista). Para variar, são meus amigos de infância, da natação. Ele leu o blog, não sabia das minhas angústias e desventuras, sentiu muito e desacreditou que isso pudesse estar acontecendo comigo, que sempre prezei tanto a amizade. Isso me tocou tanto, tanto, Marcos Mendes nem imagina o quanto, porque esse amigo lembra de mim assim, uma pessoa sempre disposta a fazer e manter amigos, com alegria, solidariedade e dedicação. Agradeço tanto por não ter sido esquecida. Por lembrarem de mim por minhas boas atitudes e ações. Há tanto tempo me pintam como monstro que tem dias que começo a acreditar nessa mentira. Que bom que tenho amigos espalhados pelo mundo todo, que me trazem para a realidade, que me fazem lembrar quem realmente sou. Agradeço aos amigos que moram no Japão, no Chile, na França, nos Estados Unidos, na Argentina e que não  me abandonam. Também os que estão aqui perto. Os espalhados pelo interior de São Paulo. Família Yumoto, em Santa Catarina. E tantos amigos no Rio de Janeiro, no Mato Grosso, na Bahia... como é bom ter essa família que escolhi ter.
  Nos momentos de maior solidão e dor penso em todos eles e como me querem bem. Isso me dá muita força para continuar e pensar que a vida se resume mesmo na eterna luta entre o bem e o mal. Estamos todos do lado do bem.

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