segunda-feira, 5 de setembro de 2011

O Poder de Um Blog

   Fiquei sem escrever nesse blog durante um período longo porque não consigo mais expor o tamanho da minha dor e indignação. Não dá para acreditar que a Justiça funciona assim. Tenho passado novamente por perícia, desta vez em Santos, onde tudo me é mais alegre e familiar. Falo tão rápido, com tanta propriedade e clareza de detalhes que surpreendo a psicóloga. Muitas vezes tenho que repetir, pois  o que faz parte da minha vida há 7 anos, é novo para ela. Diz que sou muito ansiosa, que para pessoas como eu “o mundo todo é devagar”, imagine a Justiça! Disse também, já em tom de brincadeira, que se eu quisesse um judiciário rápido e justo, que eu torcesse para nascer na Dinamarca, numa próxima encarnação (taí, depois de um juiz conciliador me recomendar crer na Justiça Divina, a psicóloga me propõe teoria de reencarnação).
  Conta ainda, com a tranquilidade de quem vê barbárie todos os dias, que acompanhou um caso que durou 9 anos. Uma ex vingativa fez uma falsa denúncia de abuso sexual. É contra visitário público, assim como todas as pessoas com o mínimo de coerência e compaixão pela criança. O pai carrasco de Dora não se importa com isso, quer  “me ver presa”, é tão claro e cristalino como a preocupação dele não está em Dora, tanto que nesses seis meses, ele sequer a levou em qualquer médico, nem psicólogo!
  Quando falei para a psicóloga sobre esse blog e que a outra parte (tão empenhada em me prejudicar) fez até BO contra mim, por ameaça de morte, após ler o post “Síndrome do Amor”, me recomendou que  parasse de escrever, já que a outra parte é, provavelmente, movida por vingança e ódio cego e fará qualquer coisa contra mim, isso já está provado.  Mas não conseguimos identificar onde começa essa vingança e esse ódio, já que tudo começou quando ele inventou que eu fugiria para o Chile, numa manobra perversa para ludibriar a Justiça e arrancar Dora de mim, isso em agosto de 2005. Na verdade nem ele sabe porquê começou tudo isso. Ele só sabe que lhe deu audiência e projeção, teve imagem veiculada na Globo, a família lhe deu apoio total, deve ter impressionado uma meia dúzia de mulheres, crentes de que ele é um pai exemplar. E Dora? Só quero saber como está Dora!
  Na outra perícia, a assistente social não entende muito bem porque estou sendo periciada, já que a menor mora em outro local, com outras pessoas que nem conheço. Conto que quando ligo, desligam o telefone na minha cara: avô, avó e uma voz de mulher, que deve ser a empregada que fica com a Dora, já que os avós trabalham o dia todo. Impressionante como tudo está errado: estou proibida de ver minha filha e preciso fazer perícia para provar que sou capaz de vê-la. Ora, ela passou 4 anos e meio comigo, estava linda, saudável, inteligente e feliz! Isso está provado, atestado, confirmado. Já agora ninguém sabe como vive Dora e com quem!. Nem os profissionais técnicos envolvidas no processo entendem como essa outra dimensão funciona. Para entender melhor: o pai de Dora pega a filha após 4 anos e meio, leva a Globo para filmar tudo, entrega Dora para os avós cuidarem (ou empregada ou tia ou sabe-se lá quem). O advogado da outra parte escreve lá um monte de mentiras sem provas. O juiz em cima do muro que não decide nada e não lê  nada passa a bola para o promotor, que lê lá aquelas páginas mal escritas e suspende minhas visitas. Agora a dúvida: quem vai responder por esses erros todos? O juiz, o promotor ou  a outra parte? A única certeza é que a maior vítima disso tudo é Dora.
   Parei de escrever, mas não adiantou nada também. Só comecei a sentir meu peito apertar até me faltar o ar. E o ar falta tanto que lágrimas incontroláveis escorrem por meu rosto. Parece que vou enfartar! Tenho palpitações noturnas, acordo com falta de ar. Meu peito dói. Não consigo mais dormir. Desde que vi Dora por skype é assim. Minha filha está sofrendo, está triste, está ceifada. E isso me tira o ar, o sono, a saúde. Estou para morrer e não é figura de linguagem. E quando eu morrer, eles serão os vencedores. E Dora ficará órfã de fato, como sempre desejou a outra parte. Monstruoso.
   Que a esquizofrenia da família Golfeto (avós, principalmente, os responsáveis por manter essa situação absurda) torne esse mundo muito mais doente, vá lá. Mas que o sistema judiciário, já a par de toda essa crueldade, de toda essa mazela, não faça nada, não admito, não admito! De alguma forma isso tem que mudar. Não podem mais haver casos como o de Joanna Marins, onde a Justiça arrancou a filha da mãe da mesma forma, a pobre mãe teve visitas suspensas como eu, não pôde mais ver a filha, que morre por negligência paterna. A mãe, que tem todo o meu amor e solidariedade, só viu novamente sua filhinha em coma, prestes a morrer. E o que foi feito? O que aconteceu com o juiz que tirou a guarda da mãe e a proibiu de ver a filha? O que aconteceu com o pai carrasco que negligenciou a filha até a morte? Onde está a Justiça para Joana Marins?  Então, por todos os leitores desse blog, por todas as crianças que morrem diariamente por erros jurídicos e parentes insanos, eu vou continuar escrevendo. E que essa leitura continue se multiplicando. 
  Só hoje mais de 25 pessoas acessaram na Alemanha. Já passa de mil o número de leitura nos Estados Unidos. Chile e Portugal não ficam muito atrás. São muitas pessoas lendo também na Irlanda, Austrália e Reino Unido. No Brasil, mais de 15 mil pessoas leram esse blog.  Me surpreendo quando vejo  busca na Rússia, Moçambique, Áustria, Cingapura, Filipinas. É muita responsabilidade. Por isso reforço que tudo o que escrevo aqui é verdade. Não há como ser processada por isso. Tenho provas. Nada do que digo aqui é inverdade. Minha dor é a mais genuína dor da perda e da separação. Minha indignação com o sistema judiciário brasileiro precisa ser levada a outros países, sim. Tenho que denunciar isso, não só por Dora, mas por milhares de crianças que tem sua infância ceifada dentro da Lei. 
  E quando Dora crescer saberá que não foi apenas a Justiça que a tirou de mim. A Justiça não faria isso tudo sozinha, precisa de atores. Foi preciso um pai perverso, com tempo ocioso de sobra, mente com visão distorcida da realidade e família doente apoiando seus passos tortos. Foi preciso existir esse cenário para a Justiça fazer o que está fazendo. E escrever tudo isso faz meu peito doer menos e me volta o ar. Porque não agüento mais ligar para o número 16 3421 3320 (onde Dora está) e receber o telefone na cara ou  “um momento”, silêncio total, telefone fora do gancho e o "momento" torna-se eterno. Detalhe que o pai de Dora jamais atendeu ao telefone. Ligo todos os dias, em horários diferentes. Ele nunca está lá. Onde será que está o pai de Dora? E Dora como está? 

2 comentários:

  1. Precisamos compartilhar, gritar, berrar para que todos ouçam...DORA está proibida de falar cpom quem quer que seja, esta guardada do mundo, está infeliz...temos que cobrar do Judiciário, do Legislativo e do executivo, temos este direito o direito de sermos ouvidos e se não escutarem gritaremos mais alto.
    Assim que se consegue algo neste país.
    Como a Justiça pode deixar em liberdade um criminoso para investigação (todos são inocentes até que provem o contrário) e no caso de família simplesmente aceitam as mentiras, não investigam, não procuram sequer conversar com o acusado (todos são culpados até que se prove o contrário), merecemos mais que bandidos, somos cidadãos de bem e temos o direito de sermos ouvidos....
    VAMOS GRITAR ATÉ OUVIREM....ESTOU CONTIGO AMIGA PRO QUE DER E VIER. TE AMO. AMO DORA E AMO MIRANDA.

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  2. A JUSTIÇA É CEGA. A FAMÍLIA È SURDA E O PAI È MUDO. MUDO DE CARÁTER, MUDO DE DESCÊNCIA, MUDO DE COMPAIXÃO. PENA TODOS ELES SEREM A REPRESENTAÇÃO DO MAL, DO RETROCESSO E DA BAIXA MORAL. AGORA FICA A DICA: INVESTIQUE A ESSA FAMÍLIA E OS ENVOLVIDOS NESTE PROCESSO. ELES DEVEM TER O MESMO FÉTRIDO SOBRENOME...COITADOS: FEDEM!

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