quarta-feira, 30 de maio de 2012

Wagner Moura, o Desafinado

  Quando li a carta aberta do ator Wagner Moura, indignado com a abordagem e bestialização do Programa Pânico na TV  http://www.netcina.com.br/2012/04/em-carta-aberta-wagner-moura-mostra.html cheguei a escrever um texto aqui sobre o ator, suas palavras e minha concordância absoluta com tudo o que ele escreveu e pensa sobre o assunto. 
  Ingenuamente se autodenomina como "babaca", por acreditar na boa educação, no por favor e muito obrigada e ainda por cima ser baiano e canceriano. Supostamente quis dizer que os soteropolitanos e nascidos sob o signo de câncer são mais carinhosos e pacíficos. Isso eu não sei, mas concordo que meus amigos baianos e nascidos em julho são muito do bem, sim.
  Não postei o texto porque estava muito tiete.  Mas, resumidamente, concluía que Wagner Moura é um dos maiores atores brasileiros da última década (ou décadas). Ele é tão bom que torna-se lindo e galã, sem o ser. Quando vi Carandiru (Brasil, 2003, direção Hector Babenco) fiquei impressionada com sua atuação, mesmo o filme tendo estrelas e outras ótimas atuações. No mesmo ano protagonizou, ao lado da também admirável Claudia Abreu, O Caminho das Nuvens (Brasil, 2003, Vicente Amorim). Interpreta um nordestino machista típico, mas não julgamos o personagem, apenas entendemos e nos emocionamos. Desde então sempre prestei  muita atenção em tudo o que ele faz e diz. É jornalista formado pela Universidade Federal da Bahia, apesar de desiludida com a imprensa brasileira, devo admitir que quando alguém decide fazer jornalismo, ao menos era assim até 10 anos, a força motora era sempre lutar por cidadania e justiça. Wagner Moura é muito sensível e inteligente, como todo grande ator deve ser. Sua carta aberta deixa isso mais do que claro.
   Mas senti necessidade de escrever sobre Wagner Moura novamente, após assistir ao Tributo ao Legião Urbana, ontem na MTV Brasil. Primeiro eu nem sabia do tal programa, já estava dormindo quando meu telefone tocou. No que levantei percebi que o computador estava ligado. Dei uma olhada em mensagens e nas atualizações do Facebook. Só se falava de Legião Urbana e da desafinação de Wagner Moura. Sim, ele desafinou e algumas vezes mal se ouvia sua voz. Tudo bem, os fãs sabiam cantar todas as músicas de trás para frente. A presença de palco dele e a alegria de estar ali eram indiscutíveis.
   A avalanche de comentários críticos não parava. Penso que Wagner Moura não tem a pretensão de cantar como Renato Russo, apesar da voz  potente. É um fã, alguém que como eu e 99% dos meus amigos, cresceu ouvindo as letras arrebatodoras de Renato Russo. Alguém aí foi em algum show do Legião Urbana nos anos 80? Fui em alguns. Num deles, no Caiçara, em Santos, Renato mal se aguentou no palco, tentou cantar por quase 40 minutos, mas não conseguiu. Estava completamente bêbado e provavelmente bem drogado. Fiquei puta da vida! Tinha 15 anos, era sábado e queria 2 horas de show! Renato Russo não desafinou porque não cantou.
   Outro show memorável foi em Ribeirão Preto, 1990, quando morei lá. A história foi muito diferente. Foram mais de 2 horas do LP Quatro Estações e outros sucessos. Já tinha 19 anos e nem esperava tanta qualidade técnica, só queria postura rock. Mas Renato Russo estava na fase paz e amor (o que também é muito rock), já sabia que era HIV positivo (mas não abrira para  ninguém) e só queria falar de amor e perdão. Amei mais tudo do mesmo jeito.
   A cena do rock nacional nos anos 80 era única. Podia tudo, até desafinar, não havia politicamente incorreto, as letras eram de contestação, fosse pelo coletivo ou intimista, sobre as dores da alma. Afinal os sentimentos humanos são iguais e cantar a perda ou a separação pode tocar as mais diferentes camadas sociais, culturais e etárias.

 * Também gostei muito de ver meu amigo Clayton Martin participando do Tributo, na gaita. Clayton é baterista por excelência, mas com seu ouvido praticamente absoluto, também toca guitarra, gaita e canta. É integrante do Cidadão Instigado e Detetives, mas também deve tocar em mais umas 10 boas bandas por aí.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Declínio de Maio


    Esse título não é original, é uma música da banda Violeta de Outono, nascida nos anos 80 e que tocou na quinta-feira passada no Sesc Santos http://youtu.be/UGZttjdbftY
  Quando conheci esse som lembro que parei de escrever minhas poesias com metáforas, cheias de melancolia e descrença. O que eu ouvia já dizia tudo e ainda havia o Baixo que falava sem palavras. O show que fui em 1987 estava repleto de adolescentes e jovens com espírito inquieto, que sabiam o significado de todas as letras. Concordo que a escolha da data deste último show não foi feliz, tinha Santos F.C. pela Libertadores, em jogo decisivo para seguir na semifinal. Mesmo assim, as poucas pessoas presentes estavam sentadas e muitos nem sabiam quais músicas eram hits dessa banda cult. Também tocaram som novo, muito bom, de qualidade técnica indiscutível, tendendo para o progressivo. Disputar com um jogo de Libertadores do Santos, na Vila Belmiro, é missão difícil. Quando meu amigo Marcelo Santos comprou nossos ingressos, também não sabia do tal jogo, se soubesse, talvez nem tivesse comprado.
   Então comecei uma reflexão sobre todas as coisas ruins e missões difíceis que sucederam-se neste mês de maio. Um mês que seria lindo por excelência, com o frio e luzes do outono, com o Dia das Mães, aniversários de tantos amigos queridos. Mas esse Dia das Mães nem ousei escrever aqui, porque não foi dos mais alegres. Nada de Dora, nem ligação ou mensagem. Ainda assim a minha era a melhor situação no tradicional almoço, pois estava com Miranda me dando beijos e dizendo a cada 10 minutos: Feliz Dia das Mães. Também tinha minha mãe e tia Cida, que adotei como segunda mãe. 
   Essa querida tia perdeu sua primogênita e única filha mulher num dia 1 de maio e seu aniversário é no dia 2, há 18 anos passou a data no enterro da filha. Mesmo tendo 3 filhos queridos e 4 netos, nunca mais conseguiu passar o seu aniversário ou dia das mães completamente feliz. Sei como é. Datas comemorativas e aniversários de nascimento e morte são os mais dolorosos. Tia Cida tem duas noras, minhas amigas que estavam lá. Uma perdeu a mãe muito jovem, deixando 5 meninas órfãs. A outra está numa gestação complicada, com a certeza de que seu bebezinho, se chegar ao nono mês, não viverá mais que horas. E o bebê mexeu no Dia das Mães...
    Pessoalmente é muita tristeza, mas na coletividade a desolação não é diferente. Junte-se a tudo isso a indignação que sinto com todas as orgias feitas pelo Governo que nós sustentamos; imprensa desacreditada; o Judiciário que culpa o sistema por sua lentidão (e que também é sustentado por nós); e pior: a esperança do veto da presidente Dilma ao Novo Código Florestal que acabou em nada. Ah, sim, ela vetou 12, eram 84 e, claro, os vetados poderão voltar, afinal, quem são mesmo os responsáveis por aprovar ou desaprovar Leis? Minha esperança em Dilma era  porque ela é mulher, tem filha e neta, mas não pensou nem no futuro dos seus, afinal, os interesses políticos são mais importantes do que a humanidade.
   Só mesmo quem vive na base de antidepressivos para acordar sorrindo e achar que está tudo bem porque o Sol brilha. Inclusive, acho que o Sol está brilhando demais para o mês de maio, isso não é normal... e para os que ainda acham que sou uma pessoa iluminada, sinto muito, vejo muito mais escuridão do que luz. O declínio de maio é apenas um presságio dos anos de trevas que estão por vir.  
  


quarta-feira, 23 de maio de 2012

Ira e Mentiras de Jonas Golfeto

Penso que seria o melhor para a Dora você aceitar minha proposta em partilhar a guarda.

Acho muito justo que a Dora more os próximos 3 anos comigo e que você faça visitas. Não só por uma questão de igualdade, mas também porque se a proposta é de partilha da guarda, o tempo de convivência comigo seria quase que igual ao que ela teve contigo. Além do mais você faria visitas. Eu não vejo a Dora a mais de 3 anos. Você foge, se esconde, de maneira ilegal, criminosa, bandida! Foge da responsabilida de cuidar da sua filha e pensa só em si.

Você é uma mãe que foge: da responsabilidade, do cuidado e do amor. Se você realmente gostasse e amasse sua filha você não a privaria da convivência paterna. Eu nunca tirei a Dora de você. Enquanto ela morou comigo conviveu com você. Enquanto ela vive contigo, está privada ilegalmente do direito de ver  o pai e conviver com ele.

Você cooptou a menina a ter medo de mim, através de você, com ameaças de oficiais de justiça e polícia. Não percebe que esse mal quem causa a ela é você, não eu?

Não é nenhuma moda inventada por mim "alienação parental". Embora você não respeite nenhuma lei, isso é lei! Isso é o que você está fazendo com ela, e é para lá  de traumatizante!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Se você não voltar e passar a ter uma vida civil longe do crime, vai ser pior para todos nós.

Eu não vou fazer busca apreensão para traumatizar a Dora, vou lutar ao máximo para que você reconheça seus erros e a traga de volta.

Quem age com violência e ódio é você ao fugir de ameaças que estão só na sua cabeça. Você diz que tem medo de mim mas não percebe que seu medo é fruto apenas das suas ações: fuga e manutenção de paradeiros.


Eu gostaria muito de dar o presente que comprei para a Dora,  pessoalmente, ainda essa semana no Fórum. Caso não seja possível, por favor me avise.

Não sendo possível eu entregá-lo a Dora pessoalmente, eu vou levá-lo pessoalmente para sua mãe, vou gravar em vídeo a entrega dele. Vou entregá-lo aberto, já que ela sabe o que é, vou revistá-lo perante a câmera, pois temo que você invente que eu coloquei objetos ou substâncias maléficas no presente, na tentativa de me incriminar.

Como você não vai voltar essa semana, eu temo que isso é o que vai acontecer, então vou documentar essa entrega.

Pessoas criminosas não são de confiança e traem a todo tempo a confiança da gente, fugindo duas vezes (o juiz escreveu na sentença: "traiu a confiança, reincidindo na ação de fugir, repetindo a atitude tresloucada que teve anteriormente"

Pessoas criminosas se escondem, mandam queimar carros com multas excessivas...

Pessoas criminosas mudam o nome dos próprios filhos na tentativa de escondê-los enquanto fogem.

Você tem toda a condição de reverter essa condição na sua vida. A chance é agora.

Se você não voltar AGORA vai ser pior para você, para a Dora e para mim.

Não há como você se manter nessa condição criminosa por muito tempo.

Fugir com duas crianças é um pouco difícil. Você não dá conta! Vai pedir água, sem que eu faça nenhuma busca e apreensão com polícia e oficiais de justiça.

Eu não tenho ódio de você,tenho só um dó! Um dó, uma pena.

Você é uma pessoa que é vítima das próprias atitudes que toma, disso, eu só posso sentir pena. Coitada da Adriana! Adora viver a vida se sentindo perseguida, adora cobrir guerras, adora ser presa na Colômbia, adora fugir com as filhas. Disso tudo eu tenho pena, dó. Porque sei que você não dá conta nem da sua própria vida, quanto mais de cuidar de DUAS FILHAS!!!!

VOCÊ VAI VOLTAR PORQUE NÃO VAI SUPORTAR A PRESSÃO DE TER QUE CUIDAR DE DOIS SERES HUMANOS SENDO QUE NEM DA SUA VIDA VOCÊ DA CONTA!

VOCÊ VAI VOLTAR PORQUE ESTÁ FRACA! PORQUE NÃO TEM MAIS CONDIÇÕES DE SUSTENTAR MENTIRAS. PORQUE EM ALGUM LUGAR, NO SEU ESCONDERIJO  DE VILÃ, NA SUA CAVERNA DE DESENHO ANIMADO, ALGUÉM QUE ESTÁ CUIDANDO DE VOCÊ E ZELANDO PELO SEU ESCONDERIJO VAI SOPRAR NO SEU OUVIDO QUE SE VOCÊ NÃO VOLTAR VAI SER MUITO PIOR, PARA ELE E PRINCIPALMENTE, PARA VOCÊ.

VOCÊ VAI VOLTAR, POR LIVRE E ESPONTÂNEA PRESSÃO DE QUEM CUIDA DE VOCÊ E TE ESCONDE!!!!!!!!!!

QUEM PRECISA DE TANTOS CUIDADOS PARA SE ESCONDER, NÃO TEM CONDIÇÃO DE CUIDAR DE NINGUÉM!

VOCÊ VAI VOLTAR PORQUE PRECISA DE MIM PARA CUIDAR DA DORA. VOCÊ VAI VOLTAR PORQUE PRECISA DE DINHEIRO PARA ISSO.

VAI VOLTAR PORQUE NÃO ADIANTA MAIS OS SEUS  PAIS ESCONDEREM OS IMÓVEIS ALIENADOS EM NOMES DE LARANJAS PARA COBRAREM ALUGUEL NA PORTA.

VAI VOLTAR PORQUE  SEU PAI FOI CONDENADO A PAGAR AS DÍVIDAS QUE ELE TEM COM O BANCO, MAIS DE R$ 300.000,00.

VAI VOLTAR PORQUE VOCÊ É UMA COITADA, QUE VAI TER QUE PEDIR DE JOELHOS, DESCONTOS NAS CUSTAS E ASTREINTES DO PROCESSO! CUSTAM MAIS DE R$1.000.000,00.

VOCÊ, UM DIA VAI VOLTAR, E VAI TER QUE PAGAR TUDO ISSO A UM GOVERNO QUE NÃO TÁ NEM AÍ PARA SUA CONDIÇÃO E VAI TE COBRAR, PODE TER CERTEZA QUE PARA TE COBRAR DINHEIRO ELES VÃO TE PROCURAR E TE ACHAR.

EU NÃO VOU PRECISAR FAZER BUSCA E APREENSÃO!!!!

VOCÊ VAI VOLTAR, PARA O SEU BEM PORQUE, NINGUÉM É TÃO INCONSEQUENTE PARA FICAR TANTO TEMPO SUMIDO. VAI VOLTAR PARA O SEU BEM E PARA O BEM DA DORA.









Tratada Como Objeto Pelo Pai

SEM COLOCAR ABSOLUTAMENTE TODOS OS DETALHES DO ACORDO no papel e homologar juridicamente eu não vou concordar com nada.

Por uma questão de eqüidade eu proponho que ela more comigo, NOS PRÓXIMOS  ANOS , para fazer a , segunda, terceira, quarta e quinta séries e volta a morar contigo para fazer a sexta, sétima e oitava e se ela quiser o colegial contigo, tudo bem também. 

Acho mais do que justo que ela viva os próximos anos comigo e faça visitas para você.

Trabalho aos fins de semana, é nesse período o meu grande fluxo de trabalho. Tenho todo o tempo do mundo para cuidar dela nos dias de semana. Não precisamos mais de  babás como a Maria para cuidar dela, ela já está maior. Pagarei uma pessoa para fazer os almoços, os jantares eu farei, como sempre fiz.

É isso, 

Jonas







terça-feira, 22 de maio de 2012

Distorção Social

Cara Adriana

Lutei muito para que voces entrasse em acordo, o que era melhor para todos,
pricipalmente para Dora. Acho ainda QUE É a melhor solução e ainda espero
por isso.
Dora até quando estive com ela está bem se chorou foi pouco, ela está com
pai em férias do pai, E DEPOIS  ME DISSERAM QUE É UM "VERDADERO PEIXE NA
AGUA" DANÇOU E CANTOU JUBTO DO PIANISTA, JOGA PINGUE-PONGUE E PELAS
INFORMAÇÕES É MUITO ESPERTA...DISSE: TENHO UM PAI E UMA MÃE QUE ME QUER.
AINDA BEM. NÃO SEI SE É ASSIM MESMO, MAS SE FOR É MELHOR QUE QUE SER
ABANDONADA POR UM DELES E PRECISAR FUGIR DE CIDAE PELAS AMEÇAS DE UM DOS
PAIS. FIQUE TRANQUILO ELA NÃO ESTÁ SOFRENDO ATÉ AONDE FOI INFORMADO
Não sei de precesso nenhum, alias volto a afirmar: voces dois deveriam
sentar conversar E FAZER PELO  MENOS UM MÍNINO DE ACERTO PARA BEM DE TODOS
PEINCIPALMENTE DE DORA.
PARA VOCE PENSAR:MUDE DE IDÉIA, VAI MORAR EM SÃO PAULO OU SE QUIZER MORAR 
EM RIBEIRÃO PODE CONTAR COM MINHA AJUDA. MINHA CASA TEM 3 SUITES AGORA
VAZIAS, O SUIFICINETES PARA TODOS,MINHA CASA NÃO TEM PEQUENO QUARTO CHEIO DE
FOLHAS SECAS PARA QUE NINGUEM POSSA OCUPA-LO
NONO

sábado, 19 de maio de 2012

O Psiquiatra Manipulador, José Hércules Golfeto

OI! Adriana

As dificuldades de ir amanhã para nosso encontro foram várias:1) conseguir um
hotel em Santos. Deve estar acontecendo eventos ai em Santos, além do feriado
prolongado. 2) Já que voce decidiu conversar comigo vamos deixar para outra
data, a mais próxima possível, em que eu possa ficar com mais tempo ai, pois
dirigir até Santos num bate volta fica dificultoso em função da minha coluna.
3)Outro fator é que está chovendo muito. 4) vou pegar muito transito nas
estradas, pricipalmente do litoral dos que voltam do feriado. Jonas telefonou
na noite passada dizendo que chega em Ribeirão hoje, depois de trocar emails
com voce. Pretendo informa-lo quando ele chegar do nosso encontro a sós. Então
é melhor fazer isso pessoalmente; certamente ele vai querer discutir a
situação, mas podemos nos encontrar da mesma forma em outra oportunidade
independente do que ele achar, informa-lo é adequando e me sentirei melhor com
a situação informando-o, se ele concorda ou não não muda nosso encontro,  a
decisão final é minha, e quero falar com voce, já que agora voce se mostra
mais disponível e assim voce tambem vai acustumando com a idéia do encontro
sem emoções mais fortes como colocou em outro email, sem grandes sofrimentos,
pois acredito que conversaremos tranquilos.
Até breve, um abração na Dora. Diga para bambola escrever um email para o nono.
nono

quinta-feira, 17 de maio de 2012

"Nem Puta Perde a Guarda de Filho"

   Estava falando hoje com alguém que não conheço sobre todo o processo da guarda de Dora. Incrível como desde que esse processo começou (2005), tenho que repetir a mesma história, desde quando fiquei grávida, a placenta prévia, a ausência da outra parte, depressão, como a outra parte saiu atrás de falsos testemunhos, como ludibriou a Justiça com a tal "fuga para o Chile", enfim, tenho que detalhar tudo para psicólogos que não procurei, não conheço, não sinto empatia, para novos advogados, para jornalistas, psiquiatras. Isso é tortura psicológica pura! É lembrar a desgraça que alguém inexpressivo transformou minha vida. A lição aprendida é que jamais devemos subestimar o poder de vingança do inimigo ou prever seu grau de psicopatia.
   E sempre repetindo a mesma história, com toda lucidez e memória prodigiosa (deixo a modéstia de lado nesse quesito), repito que dói muito ouvir de todos a mesma frase: "Nem puta perde a guarda de filho!". Primeiro porque essa frase é carregada de preconceito, colocando a prostituta abaixo de todos os outros seres, como se puta fosse pior do que assassina, ladra, bandida. Segundo porque me coloca abaixo dessa categoria. 
   Então preciso explicar, com toda a calma e como a professora de Filosofia que já fui (conto essa em outro post), que não é bem assim. Conheço ao menos 10 mães que não são putas, que trabalham, pagam impostos, não são drogadas e gozam plenamente de suas faculdades mentais, mesmo assim perderam a guarda dos filhos. Mesmo assim ficaram proibidas de vê-los!
   Não, não é assim, nunca foi. A guarda não é sempre da mãe. A mãe fica com a guarda quando o pai não quer a guarda. Consegue a guarda quem mente mais, quem é mais frio e calculista e tem mais dinheiro. Se um pai quiser disputar a guarda e tiver mais dinheiro, consegue. Se for vingativo e estiver cercado por família doentia, melhor ainda. Se estiver numa jurisdição corporativista, bingo! Pobre mãe que vai passar anos sem ver o filho. Pobre mãe que vai ouvir sempre: "Mas nem puta perde a guarda do filho". Pobre filho que perde o direito de ter mãe!
   Outra lição que aprendi é que todos somos culpados até que se prove o contrário. A máxima de que todos são inocentes até que se prove o contrário só vale para o Direito Criminal!

  Também fiquei sabendo de mais dois casos estarrecedores de pais que conseguem a guarda e levam os filhos para outro País. Antes de mencioná-los vou entrar em contato com as mães. Um caso eu posso mencionar, o da brasileira Adriana Botelho, que não sabe nada de sua filha Maria Clara desde 24 de dezembro de 2011, quando o pai português a levou para Portugal! Sua história neste blog http://justicamariaclara.blogspot.com.br/2012/04/caso-maria-clara-e-caso-sean-dois-pesos.html?spref=fb

  Me surpreendeu a repercussão de meu último post Nosso 11 de Setembro, em que lembro o que fazíamos eu e Dora (na minha barriga) naquele dia. É uma analogia sobre o terror. Sim, o que sofro e todas essas  mães sofrem é terrorismo. Na minha visão a guerra do terror é aquela em que não esperamos ser atacados. Onde jogam aviões e bombas em civis, em prédios onde há pessoas de várias partes do mundo trabalhando, em metrôs. As guerras "comuns" são em campo de batalha, com soldados preparados para guerra, que sabem que podem morrer, com a família consciente disso. Ser atacada por um homem que é o pai do seu filho, alguém que você dividiu cama, mesa e banho é o terror. É covardia igual de terroristas! No meu caso específico o terrorista é tão covarde que foi se esconder na casa dos pais... foi se proteger lá. Afinal, sou tão perigosa...
   Também mudei a forma de pensar depois disso tudo que tenho passado. Como disse ontem para um psiquiatra que divide consultório com José Hércules Golfeto, avô de Dora e mentor dessa trama toda: "Infelizmente alguns inocentes pagam pelos culpados". A vida é assim, o mundo também. Mas se esses médicos, psiquiatras, psicoterapeutas dividem espaço com esse homem que é psiquiatra infantil e faz isso com a própria neta, de certa forma são coniventes. Eu pedi para que se reúnam com esse avô e o convençam a deixar que eu fale ao telefone com Dora. Já com o texto pronto, o médico (que não quis me revelar o nome) respondeu que o avô não pode fazer  nada, que o problema é meu e do "rapaz". Ora, mais uma vez, onde Dora mora mesmo? Na casa de quem? Quem é o dono do telefone?
   Só posso lembrar da música e do filme que marcaram minha vida e seguir nessa batalha inglória.
   http://youtu.be/h4wemO4Quu0
    

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Nosso 11 de Setembro

  Assisti só dia destes Leões e Cordeiros (EUA, 2007, direção do Robert Redford), uma inteligente e sensível observação em cima da Guerra Contra o Terror, deflagrada após o 11 de setembro. Adorei o filme, mas não é sobre interesses políticos bélicos, mídia como fantoche nas mãos do poder, professores idealistas ou alunos brilhantes que quero falar. É sobre o dia 11 de setembro de 2001. Dia do maior ataque terrorista de todos os tempos visto em tempo real, um momento histórico acompanhado por bilhões. Difícil não lembrar o que se estava fazendo naquele momento.
  Eu dormia. Estava na minha primeira gestação, que entrava no quarto mês. A placenta prévia me exigiu repouso absoluto e era difícil dormir cedo, sem ter feito nenhuma atividade física, fora o barulho da rua - morava no térreo. O telefone tocou às 9h, era Claudia Pentiocinas. Como era querida e constante podia dar bronca e reclamei por ter ligado cedo, já que sabia da minha dificuldade de sono noturno. "Esquece, amiga, o mundo está acabando, explodiram o World Trade Center".
   Apesar de já "adrenada", caminhei muito calmamente até a sala (nunca tive TV ou computador no quarto). Morava em São Paulo e o meu querido Fábio Diegues mudou-se para ficar comigo, já que necessitava de muito mais cuidados do que uma gestante normal. Mas Fábio já tinha saído para o trabalho. Então liguei a TV e vi o jornalista Carlos Nascimento falando de uma Torre, enquanto outra era atacada. Até ele se confundiu, não sabendo se era replay ou novo ataque terrorista. Logo vieram as imagens do Pentágono em chamas. E a explosão aérea de uma outra nave. Seria o fim do mundo?
   Liguei imediatamente para Ali Hassan: libanês, jornalista e muçulmano. "Caramba Dri, você já é a quinta pessoa que me liga. Eu não tenho nada a ver com isso", brincou. "Sei, meu querido, mas preciso conversar com alguém para entender o que está acontecendo e dos que eu conheço você é quem tem maior conhecimento da cultura árabe. Por favor, venha em casa depois do trabalho...". Antes de entrar no repouso, trabalhava ao lado do Ali, na assessoria de imprensa do Sebrae- SP. Era um ótimo profissional e amigo. Companheiro de incontáveis horas de conversas sobre tudo.
  E então liguei para Flavia Vieira, uma "irmã", aventureira destemida, que tinha conseguido visto de um ano para os Estados Unidos, no dia anterior. "Olha o que está acontecendo, você não pode ir para lá", implorei. "Pelo contrário, darling, agora que ninguém mais vai conseguir visto, vou aproveitar e trabalhar muito por lá". E foi o que aconteceu mesmo!
   Mas a maior lembrança é da incerteza mundial causada pelo ataque. E eu, abraçando minha barriga, só tinha certeza que deveria proteger ainda mais aquela vida que mal começava. No mesmo dia escrevi uma carta para Dorinha - já sabia que era menina desde os 3 meses e meio e já a chamava de Dorinha. Falava sobre o momento histórico em que ela viria ao mundo, de uma guerra terrorista (como se todas não o fossem), de como o mundo necessitava de amor e paz. Foi neste dia, 11 de setembro de 2001, que tive certeza absoluta que traria ao mundo um ser especial, repleto de sabedoria e amor, fraternal, solidário. Uma pessoa que faria diferença. Senti que Dora precisava mesmo nascer e eu faria de tudo para que viesse no nono mês. E que enquanto estivesse comigo, estaria protegida, feliz e saudável. Não importava que Torres Gêmeas estivessem desabando. Dora estava protegida, comigo. Só o amor é capaz de parar uma guerra.
   Tive certeza que fiz a escolha certa em seguir adiante com uma gravidez tão difícil. Sabia que poderia perdê-la até o sexto mês ou, se nascesse prematura, poderia ter problemas na formação. Mas vendo aquelas explosões só conseguia pensar num bebê que nasceria, cresceria e faria muita diferença. Foi uma certeza inexplicável. Não porque era minha filha, afinal todos os filhos fazem a diferença para as mães, sentia algo além de mim. Parei de ter medo de perdê-la.
   De certa forma, a perdi. Mas a preparei para ser o que Dora é. O terrorismo continua. Os EUA parecem não mais poder proteger o mundo. Mal podem se proteger. Eu protegi Dora o quanto pude. Agora nem posso ver. Minha guerra pessoal é tão pequena diante da guerra do mundo. Mas é minha dor, minha filha que tanto protegi e tiraram de mim. E eu que já senti tanto as dores do mundo, agora tenho a minha dor, que é só minha. 
  O mundo muda. As pessoas, talvez.

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Você Destruiu a Minha Vida

   Tenho precisado de amigos para me lembrar quem sou. Minha querida Mirela Tavares, conhecedora desta história bem antes de Dora nascer, não consegue entender como me transformei nesta pessoa cheia de mágoa e ódio. Me disse que sou a pessoa mais paz e amor que já conheceu. Lembra que fui uma das primeiras amizades que fez quando aportou em São Paulo, vinda de Salvador. Era uma bahiana estressada! Fomos juntas em trilhas, cachoeiras, praias e piscinas, conheceu e se divertiu muito com meus amigos de infância, de natação. Estranho porque parece que aquela pessoa não sou eu.
   Sim, lembro da garota que encarava com naturalidade as piores broncas. Atravessava dores sem esmorecer, sem grandes traumas. Era quem estava presente nas tragédias pessoais de muitos amigos, dando suporte, agindo com rapidez e lógica. Sem fé em Deus, mas com fé no ser humano. Talvez a descrença em Deus tenha sido o que sempre me moveu a fazer as coisas, nunca deixei nada nas mãos deste ser imaginário. A maioria deixou tudo nas mãos de deus no decorrer da história e olha no que deu esse planeta e essa humanidade.
   Se eu fosse uma música hoje, seria esta: http://youtu.be/JIFWpMzwUnc

  Por pior que fossem as pessoas ou o que fizessem, nunca desejei a morte de ninguém (hoje desejo mais do que uma). Nem quando o Governo Collor confiscou o dinheiro de quem poupava seus centavos em caderneta de poupança. Não quis que Collor morresse, quis que ele fosse destituído da Presidência da República. E com muito orgulho pintei minha cara, vesti roupas pretas e saí em carreata pelas avenidas de Santos, um dia depois dele pedir em rede nacional apoio e cor no País. Sim, sou uma pessoa muito orgulhosa! Tenho orgulho de ter feito parte de uma geração que derrubou presidente. Orgulho de ser santista, uma cidade com histórico de luta e resistência. A primeira cidade abolicionista de São Paulo. Dois anos antes da Lei Áurea já não haviam escravos em Santos. Muitos moradores santistas esconderam negros fugidos das senzalas dos Barões do Café. Na ditadura não foi diferente. Cidade de guerrilheiros. Conheço pessoas que acobertaram estudantes "terroristas" por aqui. 
   Tenho orgulho da Vila mais famosa do mundo, do futebol do Santos F. C., que sempre mostra arte para o mundo, com talento, sem agressões. Tive muito orgulho de ser mãe de Dora. Uma menina brilhante, no sentido literal da palavra. Dora sempre brilhou por onde passou. Melhor aluna, melhor bailarina, melhor amiga... e tão cheia de amor. Mas não tenho mais Dora, não exerço mais a maternidade dela. Procuro não me orgulhar tanto de Miranda, mesmo quando dizem como ela é inteligente, esperta, enorme e rápida. Meus vários amigos atletas dizem que Miranda nasceu para o esporte. Corre como uma maratonista, salta como uma jogadora de voley, arremessa como se estivesse numa partida de handball, cai como uma judoca faixa preta. E dança, dança como a irmã que nunca mais viu, porém não esquece.
    Já tive orgulho da minha profissão, hoje tenho dúvidas, muitas delas. Como li dia desses: Jornalismo é publicar algo que alguém não quer que seja publicado, todo o resto é Publicidade (George Orwell). Por isso tenho orgulho do que escrevo aqui. Ainda faço, de alguma forma, jornalismo. E, sem perceber, já fiz muita publicidade.
    Não foi o tempo, não foi a idade, não foram as adversidades que me fizeram deixar de ser quem sou. É a insanidade deste processo, o sistema judiciário e, principalmente, Jonas Golfeto. Sim, ele conseguiu, ele destruiu minha vida. Sigo fazendo tudo o que sempre fiz, algumas coisas até melhor. Mas a vida que eu tinha foi destruída. Não é de agora. Ele começou a me destruir lentamente, com sagacidade e inteligência ímpar, que só os verdadeiros psicopatas possuem. Sabia do meu amor incondicional por Dora e quando estava em depressão profunda, me tirou a filha. Consegui Dora de volta. Usou minha viagem para o Chile, devidamente avisada, inclusive para o avô José Hércules Golfeto, como estopim, porque não se conformou de me ver tão rapidamente recuperada. Disse que fui para lá planejar uma fuga! E o resto é tão exaustivo que não quero mais falar disso.
    Difícil viver assim, esperando. A vida passa  muito rápido. Tenho que esperar que um juiz leia 8 volumes, cerca de 8 mil páginas de um processo, marque um audiência e decida alguma coisa. Lamentável esperar pela Justiça. Eu queria mesmo que esse processo acabasse, mas não sei se posso dar fim nele sendo ré. Surreal demais alguém dar entrada num processo de Regularização de Visitas com a Suspensão das Mesmas e colocar 7 volumes de um processo já encerrado. Quem ganha com isso? Os advogados! Ou será que aquela família vive feliz? Dora é feliz? Não sei. Um promotor, que nem é mais do caso, disse que sou uma mãe nociva. Nunca me viu, nem minha filha. Nunca me verá, nem minha filha. 
   Eu me perdi. Não consigo encontrar aquela garota que foi neste show http://youtu.be/jOowmbyhZnk e cantou todas as músicas. Depois do show, minha querida e saudosa Cássia Eller rasgou a blusa e jogou na mesa em que estávamos eu, Lilian Pavan e Claudinha. Depois tirou o sutiã e jogou para mim! Na saída, uma multidão veio atrás de nós para pegar um pedaço daquela energia. "Onde você está as coisas são mais lindas." Que as pessoas que conhecerem Dora em Ribeirão Preto captem seu brilho e amor, suas novas amigas "Isabelas", Luana, Julia... que vocês e suas famílias recebam Dora de coração e portas abertas, que as mães dessas meninas tratem minha filha como filha, quando ela estiver em suas casas. 
     Minha resistência transformou-se em desistência.
   

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Mãe Alienada




    No próximo dia 10 completará 15 meses que não vejo minha filha. E Dora, por sua vez, completará 15 meses em sua nova vida, sem mãe, irmã, sem os antigos amigos (que talvez nem lembre), fotos, brinquedos... tiraram tudo dela e deram tudo novo. Minha interpretação do fato é que sou uma mãe alienada, que não sei nada da filha: com quem anda, onde dorme, que número veste ou calça, quem são suas amigas, sua professora, não sei nada da vida de Dora. E ela só tem 10 anos!
   Quando comecei a escrever este blog, há mais de 1 ano, minha intenção era dar notícias do processo e de Dora para os amigos e conhecidos, já que muitos ligavam indignados perguntando o que aconteceu, principalmente após a veiculação da busca e apreensão de Dora em rede nacional, no programa Profissão Repórter, da Globo. Mas eu nunca tinha notícias de Dora e do processo, então não perguntam mais de Dora, não ficam mais indignados, é assim mesmo, o ser humano se acostuma com adversidade, atrocidade, é tanta coisa ruim acontecendo o tempo todo, que Dora é só mais uma vítima do sistema judiciário.
    Mas, quanto mais escrevo, diz uma advogada, mais me prejudico, tudo que faço ou falo é usado contra mim. Acontece que quando paro de escrever, nada acontece também. É tão somente um desabafo. Por isso continuei escrevendo para Dora, que um dia poderá ler tudo isso e saber um pouco mais sobre a mãe, afinal, pode ser que nunca mais nos vejamos! Constato tristemente que, se eu morrer hoje ou se já estivesse morta, não faria diferença para Dora, ela já vive sem mãe e sem que nada remeta à sua mãe desde 10/02/11.
    Um dia ela vai saber que o pai não conseguiu na Justiça me eliminar como mãe, mas tentou e isso já diz muito sobre seu ódio e fome de vingança. Ele pediu a Destituição do Poder Familiar, me tirando, inclusive, da certidão de nascimento dela, tirando o sobrenome Mendes de seu nome, o nome dos avós paternos. O juiz em São Paulo extinguiu o processo. Foi um golpe muito duro para o ator/mentado Jonas Golfeto. Estava tão certo de sua vitória que levou Dora para morar em Ribeirão Preto, na casa dos pais dele. Mas como não conseguiu, viu-se obrigado a voltar a morar com os pais, já que não poderia largar a filha lá, como pretendia. É mais do que deprimente com quase 40 anos ter que voltar a morar com os pais.
    Tão poderoso esse Jonas Golfeto que não conseguiu de Direito, mas conseguiu de fato nos separar. O que acontece no processo eu não entendo, só sei que minha mãe entrou com pedido de visita em agosto de 2011, a única audiência marcada foi cancelada porque a outra parte, Jonas Golfeto, apresentou passagem de avião para o mesmo dia. Uma pessoa de 77 anos não tem prioridade? Deu tempo até do meu pai morrer e não teve audiência!
   E o último juiz, José Duarte Neto, demorou 4 meses para colocar uma decisão nos autos: decidiu que não pode ficar no caso por motivos íntimos! Isso existe no Artigo 135, parágrafo único. E nem precisa dizer qual é o motivo, já que é íntimo. Agora entrou um outro juiz, que deve demorar ao menos 6 meses para ler os 8 volumes do processo. Sim, é incrível, mas a outra parte deu entrada nesta ação, em que pede Regularização de Visitas com Suspensão das Mesmas (!) em março do ano passado e já conseguiu um amontoado de papéis para 8 volumes! Sim, a culpa é minha que escrevo esse blog e dou palavras para serem colocadas no processo.
   Penso que juízes recebem salários independentemente de sua produtividade, então tanto faz decidir em um mês ou um ano, reclamam tanto que são muitos processos... ora o salário mensal de 23 mil poderia ser dividido em dois e teríamos o dobro de juízes no País! E não adianta vir com o papo que tem que estudar muito para ser juiz, existem juízes com 25 anos! E por maior que seja o QI, acho improvável que alguém com essa idade tenha experiência de vida para decidir a vida dos outros. Médicos sim, precisam estudar muito e sempre para seguirem bem na carreira. Juiz, depois de posto, só é deposto por aposentadoria. E se errar muito, sai com aposentadoria compulsória. Tanto que o juiz Ricardo Braga Monte Serrat nunca tinha ouvido falar no caso Joana Marins e pouco sabia sobre Alienação Parental. E é juiz de Vara de Família!
   Já cansei de esperar, de tentar. Imagino como será triste o dia em que um ser superior (juiz) decidir pela visita de Dora. Como ela me receberá? Terá medo? Como irá viver no meio de tanta mágoa? Ou será que o juiz decidindo visitas a família Golfeto passará a permitir que nos falemos ao telefone?  Irá mudar de atitude? Não, claro que não. Mas eu continuo escrevendo porque assim mais e mais pessoas ficam sabendo quem é essa gente.
   Dia desses liguei no consultório do psiquiatra infantil José Hércules Golfeto (o avô monstro de Dora), a secretária, com quem eu não falava há 6 meses, reconheceu imediatamente minha voz. Perguntei sobre o BO que o Dr Golfeto fez contra mim, de ameaça de morte, por recados dela. “Ah, mas já faz tempo!”. Sim, faz tempo, mas está no processo e eles fazem BO para engordar o processo. E eu ia contando fatos e ela respondia, mecanicamente, “sim, eu entendo”.
   “O avô de Dora morreu e ela nem sabe”. “Sim, eu entendo”.
   “Fizeram 2 BOs de ameaça de morte”. “Sim, eu entendo”.
    Daí contei uma desgraça maior ainda e ela surpreendeu-se, mostrou reação. “Ué, porque todo o resto você compreendia e agora ficou assim chocada?”. “Porque eu leio seu blog!”.
Então eu acho que esse blog, além de mostrar para Dora as mazelas da Justiça, o ódio cego do pai e algumas histórias da mãe, serve também para mostrar para a sociedade e classe médica quem é esse psiquiatra infantil que deixa isso acontecer embaixo de seu próprio teto! Se o Dr José Hércules Golfeto pensa que é uma desculpa dizer que Jonas que manda e que o advogado do filho proibiu, fica pior. Como um homem com mais de 70 anos se deixa dominar pelo filho que ainda sustenta?
    Estou exausta de tudo isso...