sexta-feira, 10 de junho de 2011

Carta Aberta à Ministra-Chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da Rupública

Sra Maria do Rosário Nunes

Minha filha,de 9 anos, foi levada no dia 10 de fevereiro e desde então não podemos nos falar!

   Sou Adriana Mendes, mãe de Dora Mendes Golfeto. Há 10 meses Dora foi levada da escola, em que estava devidamente matriculada, por seu pai, Jonas Golfeto, com oficial de Justiça e Rede Globo filmando. Desde então nunca mais nos vimos ou sequer nos falamos. Seu pai e seus avós, o psiquiatra infantil José Hércules Golfeto e a avó psicóloga Ed Melo Golfeto, não deixam que falemos ao telefone, mais que isso, trocaram números para impossibilitar o contato. O pai também tinha um celular que foi desativado!
  O pai de Dora tinha a guarda definitiva dela desde abril de 2006, conseguida em audiência que não participei e que falsas testemunhas falaram absurdos a meu respeito. O pai de Dora usou um mandado de busca e apreensão de 2008, em que o juiz pedia a máxima cautela devido ao tempo que a filha não via o pai. Mas esse mesmo pai LIGOU para a Rede Globo para filmar esse momento, causando o constrangimento e exposição de minha filha em rede nacional, desrespeitando a ordem do juiz de cautela e sigilo! O programa foi ao ar no Profissão Repórter, no dia 31 de maio último, está no site para que todos possam comprovar tal atrocidade.
   O pai querer expor a filha nem me surpreendeu, já que seu objetivo maior é se promover. Ora, ele tinha a guarda, o mandado e o endereço da filha, também tinha a recomendação do juiz sobre cautela e sigilo, portanto, chamar a Globo só mostra a sua total falta de sensibilidade em relação à filha e sua vontade de ter atenção da mídia. Agora, a Globo mostrar essa cena foi tão ou mais cruel. Isso fere o Direto da criança! Na matéria enganosa, que acredita na versão do pai, conta que Jonas mudou com a filha para Ribeirão Preto. Mentira! Ele mora em São Paulo, onde trabalha contratado pela Prefeitura e apresenta espetáculos (é ator) nos finais de semana, tem residência fixa na Rua Diana, 837, apt 52, Perdizes, São Paulo. Dora está em "posse" dos avôs paternos, catedráticos da área psiquiatra, professores da USP e da UNAERP, ambas de Ribeirão Preto, na rua José Brandini, 333, Jardim Canadá. Estuda na escola Albert Sabin, naquela cidade. Esses profissionais respeitados estão indo contra o Estatuto do Menor e do Adolescente!
  Por ordem judicial tenho as visitas suspensas e por brechas da Justiça e estratégia da outra parte, não consigo mostrar minhas provas. Primeiro não sabia o paradeiro de Dora, entrei com ação no Fórum João Mendes, em São Paulo, onde reside o pai de Dora e onde deveria estar residindo minha filha, já que a guarda é dele e não dos avós. Foi marcada audiência para dia 8 de abril, mesmo dia em que fiquei sabendo o paradeiro de Dora: quase 2 meses depois!
  Outra audiência foi marcada em Ribeirão Preto, dia 9 de maio mas, como não fui citada oficialmente (o advogado da outra parte entrou em contato telefônico com minha advogada), o juiz achou melhor "cancelar" a audiência. No dia das mãe, 8 de maio, eu estava lá em Ribeirão Preto, mas não me deixaram ver ou falar com Dora. Nem o pai estava lá, estava em apresentação teatral no Centro Cultural Vergueiro, em São Paulo.
  Pelos Direitos de Dora venho por meio desta comunicar minha repulsa pelo que foi mostrado no programa Profissão Repórter e ao sistema judiciário, que dá guarda definitiva ao pai que não se importa em expor a filha em rede nacional, ao contrário, CHAMA A REDE GLOBO para mostrar a filha sendo arrancada da escola.
  Houve até agora uma única audiência, dia 2 de agosto, uma chamada audiência de conciliação, com um juiz de paz. Depois de mais de 2 horas, Jonas Golfeto foi convencido a permitir que a filha falasse por skype comigo, todos os dias, das 19h às 20hs. Só nos falamos uma vez, pois ele não permitiu mais e não está contra a Lei, pois era uma acordo amigável, não uma ordem judicial. Dessa forma melhor esperar o tempo passar, os anos são mais rápidos que a Justiça brasileira.

  Cara Ministra, até quando????????????????????????????????????????????????????????????????
Adriana Mendes, jornalista, mãe, cidadã
residente em Santos

2 comentários:

  1. Isso mesmo, o mundo tem que ser requisitado para melhorar essa história. Tenho certeza que tudo está sendo uma super aula de valorização da vida, mesmo com tantos fatos indesejados. Nada em nossa vida é sem sentido. Pode demorar, mas um dia entenderemos. Beijos!!!

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    1. Zenilde, estou hoje, dia 8 de novembro de 2012, compartilhando novamente esse post. Continuo sem ver ou falar com minha filha.. nada mudou, nada aconteceu, o tempo é nosso inimigo e a Justiça colabora com os alienadores.. não há esperança que Justiça seja feita, o tempo perdido não tem volta, há quase 2 anos não sei nada da minha filha, nada... mesmo se ela voltasse hoje a morar comigo, o estrago já foi feito, com apoio total do Judiciário... obrigada pelo seu comentário. Um bj.

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