quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Em que Dimensão eu Tenho Visitas com Dora?

   Não tenho escrito mais sobre o processo porque desde que o atual juiz - o quarto desde que a outra parte entrou com a ação de Regularização de Visitas com Suspensão das Mesmas - esperei que algo se resolvesse. Em junho esse juiz sentenciou que as visitas, acordadas em agosto  de 2011, com supervisão de uma psicóloga escolhida pela outra parte, se iniciassem "o quanto antes!" Nunca se iniciaram. Apenas em agosto a outra parte me enviou um email para entrar em contato com Fabíola Januário Martins. Liguei, ela disse que me retornaria após o feriado de 7 de setembro. Até agora nada. Escrevi para a outra parte, mais uma enrolação. 
   Estive em Ribeirão Preto no dia 23 de agosto distribuindo uma ação pedindo visitas para Miranda, no feriado de 7 setembro. Obviamenet, não esperava mais resultado disto, não para o 7 de setembro deste ano. Estive mais duas vezes em Ribeirão Preto, em setembro. Numa delas com Miranda, consegui falar com o juiz, até cair em prantos quando Miranda pediu para ver Dorinha. Ela pensava que iria ver a irmã, estava entendendo tudo o tempo todo!
    No dia 28 de setembro voltei para Ribeirão Preto. Tentei ver o processo, mas estava com o juiz, para "conclusos". Esperei, tinha que seguir viagem para Uberaba. O juiz mandou um recado que na segunda me daria uma resposta. Na segunda, dia 1 de outubro. Eleições, folga nesta segunda, ligo no cartório, ligo de novo. Houve uma conclusão, está no site. Com o coração aos pulos fui ver o que o juiz decidiu: será que hoje poderei ver minha filha por skype? Será que minha mãe poderá vê-la neste feriado? Será que o juiz deu alguma resposta sobre a ação de alienação parental que eu dei entrada há 14 meses? Não! Essa foi a sentença dele: 

A presente ação cautelar foi promovida pela menor Miranda Mendes, representada por sua mãe Adriana de Carvalho Mendes, contra Jonas Melo Golfeto, para poder visitar a irmã Dora Mendes Golfeto, também absolutamente incapaz, que está sob a guarda do requerido. Pretendia que lhe fosse assegurado direito de visitas no dia 7 de setembro, para que passassem juntas o feriados em Santos, onde mora a requerente, e acompanhadas da avó materna. Entretanto, os autos somente foram apensados aos de regulamentação de visitas no dia 11 de setembro, como vista aberta ao representante do Ministério Público no dia seguinte, quando, pois, a ação já estava prejudicada. Vieram-me os autos à conclusão no último dia 21. Esta ação, portanto, já perdeu seu objeto. E, de toda maneira, cabe notar que a cautelar não poderia ter caráter satisfativo, e nem ser tratadas as visitas de forma assim casuística, se a representante legal da requerente é que, naturalmente, exerceria também o direito de visitas à filha Dora, e se no caso há conflito intenso de Adriana com Jonas, na ação de regulamentação de visitas que a primeira propôs, e onde já há regulamentação provisória, que não poderia ser alterada assim de plano e de forma exaustiva, não podendo a genitora querer que aquele direito de visitas provisoriamente ajustado tenha alcance maior ou seja de súbito modificado, ainda que agora se valendo da irmã da criança, Miranda, pois é óbvio que quando a mãe exercer as visitas à filha Dora já estará sendo indiretamente assegurado tal direito à irmã Miranda, requerente desta ação. Sendo assim, com base no art. 267, VI, do CPC, julgo extinta a ação, sem resolução de seu mérito, determinando a remessa dos autos ao arquivo, conquanto à requerente são deferidos os benefícios da assistência judiciária gratuita. P. R. I. C.
 
  Ora, mas isso era óbvio! Eu não esperava mais nada sobre visita de Miranda! Era uma liminar urgente em agosto, se ele  não deu resposta até 7 de setembro, não precisava mais. Para piorar ainda tira um sarro da minha cara, diz que já há uma regularização provisória! Em que dimensão isso acontece? Em que planeta eu visito Dora? E ainda diz que a regulamentação de visitas foi proposta por mim! Ora, em que momento eu pedi regularização de visitas com suspensão das mesmas? Dá para ler a inical para ver quem é o requerente e o requerido? 
  Dá para imaginar a dor que eu sinto cada vez que vou até a cidade em quem minha filha está apreendida? O quanto dói não poder vê-la, pois se tentar na casa chamam a policia, se for na escola, estarei expondo-a. Dá para entender como se sente uma mãe há exatos 20 meses proibida de abraçar sua filha? Ela cresceu dentro de mim, alimentou-se no meu seio...  
   É possível dimensionar o tamanho da minha indignação com esse resultado? A verdade é que não vou fazer mais nenhum movimento. A família Golfeto venceu, parabéns, conseguiram deixar uma criança órfã de mãe viva, com toda a ajuda do judiciário. Conseguiram separar duas irmãs na infância, para evitar sentimentos maiores. Dorinha, sempre vou te amar, quando você crescer e puder sozinha procurar por sua mamãe, estarei logo ali, no primeiro clique. E farei de tudo para Miranda nunca te esquecer, porque se acontecer uma tragédia maior comigo nesse tempo, ela poderá te contar a mãe incrível que eu fui.

8 comentários:

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    1. Roberta, há 20 meses tudo que faço dá errado. Há 20 meses vivo pela metade. Há 20 meses mataram minha filha e mataram tudo da vida dela. Essa foi a gota d'água. Eu esperava um resultado qqr, ver minha filha por skype todo dia, algo que tinha sido acordado em agosto do ano passado! Mas parece que a outra parte pode fazer tudo e eu nada. Nem perícia foi feita com aquela gente, eles estão acima do bem e do mal e eu sou o Diabo em forma de gente. É assim que está no processo. O que mais eu posso fazer? Devo 26 mil para o advogado da outra parte, tenho outra filha para criar e sozinha (ainda bem, essa ninguém me tira!). Dora terá algumas lembranças da infância que teve comigo e dos 2 primeiros anos da vida da irmá (que já irá fazer 4). É muito duro e triste tudo isso e eu preciso estar viva para cuidar da Miranda. Já está provado que Dora vive sem mãe. Só tenho pena pq eu ainda tenho alguém para chamar de filha, ela nunca mais pode chamar ninguém de mãe. O amor que sinto por ela é infinito e nunca pensei que pudesse amar alguém desta forma, mas o que fazer com um amor que não se pode mensurar, nem demonstrar?

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  2. Ainda que tardia, estarei vivo, para ver a volta de Dora a seus braços, o sorriso em teu rosto e a queda em sofrimentos, dores, rancores, doenças e solidão miserável daquele que se diz pai. E olha que não estou desejando nada disso visto que ele mesmo regido por toda uma família psico-doentia vem criando para si mesmos. Lei da Ação e Reação. Espere pra ver!

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    1. Eu não quero esperar mais, já esperei demais. Se um dia eu conseguir ver Dora novamente, só quero abraçá-la e com o tempo ela saberá tudo que essa família nefasta faz e fez desde 2005 para nos separar. Ela sabe do meu amor, disso não tenho dúvidas. E essa família nefasta sabe que ela está sofrendo. O pai não sentir nada tudo bem, ele tem traços de psicopatia e psicopata não sente a dor do outro... mas os avós... bom, vai ver q a psicopatia é genética...

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  3. tenho uma sugestão, pq não formamos um grupo de mães que tem estórias parecidas.... tem muitos casos... eu tenho o meu. Vamos mobilizar a mídia com essas barbaridades!!!! vamos ficar aqui quietas? Mais violência!!! No Brasil tudo está corrompido mesmo!!!

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    1. Lu, tem o seu, o meu, o da Elaine César, que considero uma heroína e mártir, da Deborah Carneiro, Natália Nogueira... nossa, tenho mais de 20 mães, muitas delas se comunicam comigo frequentemente... deveríamos ir até Brasília. Mas só as mães, porque é isso o que mais choca, a Justiça ajudar tantos esses pais alienadores, porque eu já cansei de ouvir "mas eu nunca vi isso". Está vendo agora, comigo! Mas posso te apresentar mais 10 mães que vivem ou viveram o mesmo que eu!

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  4. da Adriana, para sentir o que vc esta sentindo,pois ja passei por tudo isso .
    teve uma liminar que a coisa , entre o genitor , e a juiza era tao obvia que ele me acusou de ir ate ao Forum , no dia que a juiza nao estava la. isso existe?
    juiz unico? para uma açaõ sem vergonha e canalha como foi a retirada da minha menina de mim?
    nao vi 15 anos, nao vi casamento. e o pior, ele tirou ela de mim, para deixa-la so. sem ninguem.
    eu nao tenho outra filha para sentir saudades, deve ser mais dificil , nem sei.
    coragem,. vc tem a Lei eu so tirra advogados e juizes corruptos, e realmente enlouqueci.

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    1. Difícil é não enlouquecer nesta situação. No meu processo sou tirada de louca o tempo todo! Mas a louca aqui nem toma remédios, a louca trabalha, escreve, cria a filha Miranda sozinha. A louca paga impostos, contas... é só absurdo no processo, a outra parte está enrolando com uma visita monitorada há mais de um ano, não me deixou falar por skype!!!! Que mal eu poderia fazer? Ah, sim, é que daí Dora iria me ver, ver a irmã, os amigos... eles querem apagar o passado dela. Tenho vergonha dessa gente, vergonha de ver meu nome atrelado ao deles, vergonha de ter me relacionado com Jonas Golfeto, ter tido uma filha com esse tipo de canalha... vergonha alheia é o que eu sinto!

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