sexta-feira, 20 de maio de 2011

Pode Ser que Tenha Começado Assim

  Uma pergunta que sempre me fazem e nunca consigo responder é: como tudo isso começou. Consegui me lembrar dessa vez, ao menos, como começaram a entrar advogados, policiais e oficiais de justiça na ainda jovem, porém atribulada vida, da minha amada, idolatrada Dora.
  Ela tinha um ano e 5 meses, era agosto de 2003. Eu já havia me separado do genitor desde que ela completara 9 meses. Morávamos em São Paulo, num apartamento espaçoso e térreo, com cara de casa, no bairro da Vila Mariana. Eram 3 quartos grandes para Dorinha e eu e muitos amigos hóspedes. O genitor dela buscava quando queria, via quando queria, sem horários pré-determinados. Sua vida de ator era sem horários, quando não tinha ensaio, tinha a estreia de algum amigo, um filme imperdível... eu não ligava muito por ele não aparecer, só me estressava quando ele combinava de pegar sábado 10h, eu ligava às 11h para saber se estava tudo bem e acabava acordando o belo adormecido.
  Num desses sábados, em que o genitor buscaria Dora às 10h e devolveria às 18h, surpreendentemente, chegou na hora! Pegou Dora no colo, com a bolsa para o dia, com fralda, leite, roupas e tudo (sim, eu mandava com tudo) e disse que devolveria no dia seguinte, pois seu pai viria de Ribeirão Preto para ver a neta. Espera aí, não é assim, tenho que colocar mais roupas, tinha planos com Dora para amanhã. "Eu sou pai, tenho direito!", foi a resposta cheia de razão. Ok, direitos, mas os deveres foram esquecidos. Nunca pagou pensão, nunca pagou um pacote de fraldas e ficava com a filha quando bem queria. No que ele saiu com ela nos braços, me desesperei e fui no pescoço dele para tentar pegá-la. Em vão. Eu com 1,59cm, e 50kg, ele com 1,85cm e mais de 80 kg. Chorei aos cântaros ao ver minha linda filha sendo levada aos prantos, com seus bracinhos em minha direção, chamando mamãe...
  Liguei imediamente para a casa desse ser desprovido de sentimentos e falei com a mãe dele, avisando sobre o acontecido e que iria buscar Dora na sequência. Minutos depois me liga a minha amiga Claudia Pentiocinas perguntando o que o Jonas fazia em frente minha casa, com Dora no colo e um carro de polícia! Claudia morava  perto de casa e estava passando por minha rua quando viu o que considerou um absurdo. Inacreditavelmente ele saiu de casa com Dora direto para uma delegacia de polícia para fazer um Boletim de Ocorrência contra mim! Por agressão! Nesse momento eu percebi o quanto ele não se importava com o bem estar de Dora, levar um bebê para uma delegacia, para fazer um B.O. contra a mãe 100% integral dela!
  Um policial de bom coração e mente, pegou Dorinha no colo e a trouxe de volta para mim, ainda comentou. "Esse seu ex é louco!", me desculpei por fazê-lo perder tempo com isso e agradeci por trazer minha filha de volta. Acho que foi aí que tudo começou.
  Passei um final de semana tranquilo. Na segunda-feira, uma mensagem na secretária eletrônica para eu entrar em contato com a advogada dele. Não só liguei, como fui até o escritório da tal advogada, não lembro se era Márcia, Sandra, já foram tantos advogados nessa história. Lembro que era muito bonita e tinha olhos azuis desconcertantes. Fui com a cara dela. Conversamos longamente, ela disse que seu cliente queria regularizar as visitas: "Que ótimo, aproveitamos e estipulamos uma pensão alimentícia". A advogada ficou surpresa, não sabia que ele não ajudava em absolutamente nada e ainda atrapalhava. "Ah, mas Jonas me disse que o pai dele é fiador do seu apartamento!" . Era sim, mas assim que Jonas mudou-se de lá, o primeiro pedido foi para que eu arrumasse outro fiador, como se Dora não continuasse morando lá. No fim essa advogada acabou desculpando-se e entraria em contato. Não entrou. Vai ver desistiu do cliente, vai ver retomo o caso agora, afinal, tem mais advogados nessa história do que partes interessadas.
  Três meses depois, isso mesmo, três meses depois, o genitor da minha filha me liga, pois queria muito ver Dora, estava morrendo de saudades. O detalhe é que eu nunca o proibi de vê-la ou falar com ela, ele simplesmente sumiu! Respondi que poderia vir imediatemante, era um domingo à noite. "Ah, hoje não posso tenho um compromisso agora, pode ser terça-feira." Por mim tudo bem, nunca vi alguém  morrer de saudade desse jeito, mas enfim, não se podia esperar mais que isso de alguém sem sentimentos.
  Na terça ele apareceu, mal olhou na carinha de Dora, que finalmente via o pai (ela já estava até chamando um amigo meu de papai), se jogou no chão, ajoelhado, chorando, me pedindo perdão... ora, ora, não é a mim que deve pedir perdão, é para sua filha, que você está sem ver há mais de 3 meses (e morávamos na mesma cidade). Pedi que parasse com aquela cena piegas e saísse logo para passear com Dora, que estava esperando por isso.
  Os dois voltam 40 minutos depois, ela dormindo no carrinho, ele querendo conversar, que havia começado uma terapia e que percebeu o quanto foi ausente e mesquinho todo esse tempo. "Nossa, me passa o telefone desse terapeuta, que conseguiu em algumas sessões o que não consegui em um ano!". Enfim, achei que havia iniciado um período de trégua. Mas a outra parte não age sinceramente como eu. Apenas finge o amor que não sente, o arrependimento que não existe (mentes doentias nunca se arrependem) e forja provas. O objetivo não é estar com a filha, afinal, após 4 anos sem ver Dora, apenas fez seu teatrinho diante das câmeras da Globo e levou minha Dora para morar com os avós em Ribeirão Preto.
  Nenhum juiz sabe dessa história. Não consigo contá-la, a outra parte e seu fiel advogado estão sempre duas peças na frente, nesse interminável jogo de xadrez. A audiência marcada para 9 de maio não aconteceu. A morosidade da Justiça, como sempre dando brechas para quem age fria, calculista e morosamente, como Ela. Dia 10 de maio completaram 3 meses sem ver ou falar com Dora. Ela passou o dia das mães com os avós septuagenários, pois sua mãezinha estava lá em Ribeirão, mas não deixaram sequer falar ao telefone com ela. Seu genitor, tão "presente", estava em São Paulo, apresentando uma peça no Centro Cultural Vergueiro! E esse cara tem uma mania tão grande de perseguição que bloqueou minha amiga Paola Miorim no facebook, para ela nem tentar contato com ele. Mal sabe a pessoa bonita por dentro e por fora que está deixando de conhecer. Sorte da Paola..

Sobre minha estadia em Ribeirão 

  Fiquei na casa de Paola Miorim, amiga que não via há anos, nadamos juntas, fizemos colegial juntas, muitos shows e viagens juntas, uma vida para lembrar. Tem duas filhas lindas, uma de 15 e outra de 9. A mais nova parece com Dora, em todos os sentidos, gosta dos mesmos filmes, músicas, dança... e Miranda grudou nela, como se para sanar um pouco a dor da saudade da sua "Doinha". Depois de não ter audiência, a meiga Paola tentou falar com o genitor de Dora. Ele desligou na cara dela. Paola nunca foi de desistir fácil. Ligou de novo, a resposta: "Eu não te conheço, não confio na pessoa que você deve confiar e vou desligar". E desligou de novo, Paola até chorou. Sua filha mais nova também, ela teve medo. " Mamãe, ele pode começar a te seguir, tadinha da Dora, não poder ver a mãe nem no dia das mães...", essa menina nem conhece Dora e gostaria muito de ficar amiga dela, mas eu disse que o genitor de Dora jamais deixaria ela ter amizade com filha de amiga minha, aliás, ele não deixa ela manter amizade com nenhum de seus amigos. No cérebro dele é assim:  todos os meus amigos são inimigos dele. Coitado, nem imagina quantos inimigos tem!
    Estou sem advogados. Acho que posso me defender sozinha, ninguém sabe dessa história melhor do que eu. A outra parte diz estar imprimindo tudo o que escrevo nesse blog para usar contra mim (isso segundo o advogado dele em conversa com minha última advogada). Como já disse, tudo é usado contra mim. Não acho que escreva nada demais, é tudo verdade mesmo. Outra informação é que a outra parte sentiu muito a saída minha atual advogada, que é mediadora e conciliadora. Ora, se tem alguém que não quer fazer conciliação ou mediação é justamente a outra parte, que tentou, inclusive, me destituir a maternidade, tirando meu nome da certidão de nascimento da Dora. Quanto ódio deve sentir por mim! Já me disseram que o ódio pode matar...
  Dora é uma princesa, presa  num castelo, guardada por seus avós. O guardião oficial está muito ocupado com sua vida em São Paulo, não tem tempo para Dora. Mas em seu insano desejo de vingança, acredita que faz o bem, tirando Dora da vida que tinha e levando-a para morar com os avós, proibindo-a de falar com a mãe, com os amigos, com a irmã. E que assim seja.

4 comentários:

  1. Dri...vc pode estar sendo julgada por juizes, pela lei, mas a maior lei que pode julgar nossa vida é Deus e ele está vendo e no final ele irá dar uma linda lição em todos...ele está do teu lado e tenho certeza que o final, nós iremos comemorar ao teu lado amiga !!
    Podem julgar, podem fazer o que for, eles nunca irão arrancar a Dora de vc, pois mesmo fazendo tudo isso, o que está plantado no coração dela, eles não irão tirar...
    Se cuide amiga !!
    Ju

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  2. Dri,muito tempo que nao nos falavamos,estou simplesmente chocado com q acontece com vc ,uma pessoa q sempre prezou pelas amizades , estar passando por um drama desses,fico pensando o significado da palavra justica e se existe de verdade!! Revoltante sera q esse cara e feliz??? Como a familia desse infeliz e tao cumplice !!! Dri , nao esqueca q vc tem muitos amigos e com certeza alguem vai lhe mostrar a luz no fim desse tunel, muita forca minha amiga!!!! um grande beijo,Marquinhos Mendes

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  3. É tudo verdade mesmo, eu também quero depor... Alô, alô, outra parte, está lendo bem? Vocês aí que imprimem tudo pra levar na justiça? Pois podem imprimir que eu quero dar meu depoimento, eu e mais dezenas, centenas de pessoas, profissionais, cidadãos, pais e mães de família, que podem assim como eu atestar que Adriana é uma mãe maravilhosa, zelosa, carinhosa, inteligente e sábia, que educou, acolheu e protegeu sua filhinha como vcs jamais poderiam fazer... Fico muitíssimo aliviada que Dora esteve com a mãe estes anos em que vocês haviam tentado tentado simplesmente arrancá-la da mãe e até anular a mãe em sua vida. Tudo bem, conseguiram arrancá-la agora, aos 9 anos. Porém não conseguirão para sempre, entenderam bem, outra parte? Porque Adriana é a mãe, a MÃE amada da Dora. Tantos depoimentos e alegações falsas aceitas do lado da outra parte... Alô seu juiz, e todos os depoimentos das pessoas que conheceram Dora e sabiam como era cuidada com todo amor e zelo do mundo pela mãe? Não só nós, os amigos de Adriana, mas as pessoas da vida da própria Dora, na escola, no balé, amiguinhos, pais de amiguinhos, professoras, diretoras? Nossos depoimentos não serão ouvidos? Não vamos nos calar. Estaremos sempre aqui e sempre à disposição pra contar em detalhes como É TUDO VERDADE MESMO.

    Ass: Gabriela Cavalcanti Cunha, servidora pública federal, residente em Brasília-DF

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  4. Incrivel mesmo é o quanto a outra parte mente, omite, dissimula, finge, engana...será que juízes aprendem na faculdade: COMO SER ENGADO POR PESSOAS DO MAL. COMO ACREDITAR NAS MENTIRAS DE PESSOAS VINGATIVAS, estas devem ser as aulas mais assistidas na faculdade de direito.
    Mas nada é oculto, a outra parte pode enganar poucas pessoas por muito tempo, mas muitas pessoas por pouco tempo.
    Todos eles mentem ..pai mentge, avoô mente, jornalista amiga mente, já a mentira é aprendida na faculdade de psicologia e psiquiatria e passada de pais para filhos...
    Meu Deus que mundo vivemos, não podemos confiar em juiz, em advogado, em psiquiatra ou psicologos infantis...onde chegaremos?
    Não vamos nos calar mesmo, pois quem cala consente.
    Não consentimos, não compartilhamos com esta injustiça.
    Quer a filha então terá que cuidar dela, cuidar você mesmo, não seus pais idosos.
    Se não tem condições devolva a mãe, que nunca deixou sua filha pra niniguém cuidar. Cuidou dela perfeitamente bem até que fosse arrancada de sua vida mais feliz.

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